Swing trade: o que é e como funciona essa operação

Muitos operadores gostam de tentar especular em movimentos curtos e com alavancagem para tentar capturar parte dos movimentos no intraday. Porém, esses movimentos são bem bruscos e podem não agradar a maioria dos investidores. Por isso, alguns preferem o swing trade ao invés do day trade

De maneira bem resumida, o swing trade significa deter uma posição, seja ela long (compra) ou short (venda) em algum ativo ou contrato por mais de uma sessão de negociação, ou pregão. 

O intuito aqui é tentar se beneficiar com movimentos mais longos dos ativos ao invés de apenas buscar pequenas flutuações intra diárias, e ganhar com esse movimento.

Perfil das operações swing trade 

Geralmente as operações swing trade têm uma duração de alguns dias ou semanas. Mas para a classificação tributária, qualquer período que ultrapassa o pregão em que se fez o investimento já é considerado um swing trade. 

Enquanto para day trade o imposto de renda sobre ganho de capital é de 20%, para o swing trade é de apenas 15%. 

Importante mencionar que as margens de garantia de day trade e swing trade são bem distintas. Enquanto para a primeira pode-se alavancar bastante, para a segunda é necessário ter valores em garantia junto à corretora. 

Essa é uma das formas mais populares de se fazer uma gestão ativa buscando oportunidades intermediárias. 

Ainda são considerados outros estilos operacionais o position (vários meses) e buy and hold (superiores a 1 ano) que, para fins de tributação, são similares ao swing trade.

Geralmente os adeptos desse estilo operacional fazem suas operações baseadas em análise técnica e também utilizando premissas de risco/retorno. 

Com isso, conseguem identificar potenciais pontos de entrada e de saída dessas trades, além de ler tendências técnicas de curto prazo que podem corroborar para a operação.

Sistemas de análise para o swing trade

A análise técnica é a principal metodologia de análise para o swing trade. O tipo de operação, a análise macro e fundamentalista também podem ser utilizados para executar o trade juntamente com eventos de volatilidade. 

Por exemplo, alguma decisão de âmbito global ou nacional ou mesmo a própria temporada de resultado de alguma ação faz com que ela venha a ter movimentos maiores. 

Geralmente operadores mais experientes de mercado utilizam sistemas para fazer esse tipo de operação. Eles vão acompanhando o mercado de forma ativa e rastreando oportunidades. Esses sistemas são simples regras operacionais que podem ou não ter passado por um teste estatístico, o que chamamos de backtest.

Os sistemas não são necessariamente complexos, alguns operadores utilizam simplesmente alguns indicadores técnicos e quando todos eles estão em um nível específico, seja na alta ou na baixa, acabam executando as suas ordens.

Outros sistemas utilizam sistemas com cruzamento de médias e outros dados relacionados à ação, por exemplo a volatilidade.

Geralmente esse sistema não fica restrito a um único papel ou contrato, a vantagem está em utilizar um que se encaixe com várias ações. Por conta disso, o tamanho das operações é reduzido, e a frequência é maior. Muitos operadores preferem fazer um teste do seu sistema para ter um amparo histórico em relação às suas operações.

O aspecto temporal da operação pode variar de dias a semanas. Geralmente o critério de saída desta operação seria um stop quando as perdas chegam a um limite. Ou, se a operação está dando lucro, outras metodologias podem ser aplicadas, inclusive utilizando um sistema para isso. 

Podem ser desde um alvo baseado na relação de P/L (profit/loss = lucro/risco), ou mesmo um trailing stop, onde a cada movimento de alta, se coloca o ponto de saída abaixo do ponto atual, mas acompanhando o movimento.

Como diminuir os riscos no swing trade

O amparo de um sistema ao swing trader é essencial para remover o aspecto subjetivo de suas operações, e ter sinais objetivos. Trata-se simplesmente de executar o que está no plano e esperar o movimento da ação para observar se haverão ganhos ou perdas. Deixar a operação chegar a um final ou simplesmente: deixar o mercado trabalhar. 

Apesar de ser um sistema simples, é muito comum os operadores não respeitarem o setup e acabarem mudando a posição do stop loss. Ou, até mesmo deixam de cumprir a regra de saída no lucro – o que é desaconselhável.

Alguns riscos desse tipo de operação não são comuns às operações de day trade. Por exemplo, posicionado em uma ação ou contrato futuro, você está carregando os acontecimentos – positivos e negativos – de quando o mercado está fechado aos fins de semana e durante a noite. 

No quesito de necessidade de tempo de tela e acompanhamento de mercado, talvez o swing trade requeira menos tempo que o day trade. Porém, o tempo necessário para se criar um sistema operacional e acompanhar as suas operações ainda é grande. Então esse é um modelo operacional ativo no mercado financeiro que requer dedicação.

Os sistemas também podem errar no bom sentido, e fazer com que você acabe perdendo algumas tendências de longo prazo por conta da análise de curto prazo. 

Ainda assim, isso não significa que procurar tendências maiores vai dar certo em um mercado que não tem nenhuma tendência definida. Os sistemas precisam ser revisados constantemente para se adequarem ao momento.

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